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Linhas de Orientação da Compaixão


A compaixão é uma característica da energia da Deusa, do Espírito Santo, do Sagrado Feminino em todos os seres. Confunde-se muitas vezes compaixão com pena e são coisas muito distintas. Enquanto que a pena, geralmente, tem por base o intuito (mesmo que inconsciente) de nos sentirmos melhor perante uma situação que mexe com as nossas emoções. Por ex., dar dinheiro a um pedinte na rua, que seja alcoólico. Sabemos de antemão que esse dinheiro será usado para a sustentação do seu vício e que não o estamos a ajudar, mas sim a tentar mascarar o que estamos a sentir (mesmo que não tenhamos consciência dessa intenção). A compaixão implica a aceitação da emoção presente, seja relativamente a uma situação, que geralmente consideramos negativa, quer da nossa vida ou dos outros. Por ex, vermos alguém que nos é próximo ficar cada vez mais doente e, possivelmente, desencarnar em breve pois não tem a capacidade de abrir o coração e a mente nesta vida. Compaixão é compreender que o seu Eu Superior fez a escolha de partir, pois ficar cá na Terra seria muito mais difícil de suportar a sua própria dor. O seu Mestre Interno fez a sua escolha e o nosso Mestre Interno deve aceitá-la em profunda reverência, sem julgamento. Aqui se aplica muito bem o termo «Namastê» que, espiritualmente, significa « O divino em mim, saúda o divino em você. ». E assim é! :)


Hoje partilho convosco as Linhas de Orientação da Compaixão extraídas do livro "Aliança Espiritual" de Gary Zukav e aproveito para lembrar que a Chama Rosa e a Chama Violeta são excelentes para nos ajudar a trabalhar o amor, a aceitação, a gratidão, a compaixão, a abrir o nosso coração. Bênçãos, Anabela.


« 1- MUDAR DE PERSPECTIVA de receoso para amoroso (escolher ver-me a mim próprio e aos outros de uma maneira amorosa ou apreciativa).


Mudar de perspectiva de receoso para amoroso é a dinâmica operacional na criação de poder autêntico. Representa a mudança da ansiedade para o apreço; e da dor para a alegria. Embora não possa mudar de emoções a seu belo prazer, pode escolher o que fará quando as emoções surgirem. Pode reagir (agir mais uma vez como antes, inconscientemente) ou responder (agir de um modo diferente, escolher conscientemente outra intenção, criar de novo). [...] Ambas lhe proporcionam continuamente a escolha fundamental da escola da Terra - o amor ou o medo. Vai aceitar, imergir-se e afundar-se nas perceções duma parte receosa da sua personalidade, fortalecendo-se nas suas experiências dolorosas conhecidas; ou vai optar por reconhecê-las, senti-las e desafiá-las, mudando a sua atenção para outras perspetivas, outras maneiras possíveis de compreender outras intenções? Quando opta por permanecer nas experiências e perceções distorcidas das partes receosas da sua personalidade, está a buscar poder exterior. E cria poder autêntico quando usa a sua vontade para explorar noutro lado e fazer as escolhas mais saudáveis possíveis, mesmo quando as partes receosas da sua personalidade o atraem. [...]


2- LIBERTAR QUALQUER DISTÂNCIA que sinta em relação a alguém.


[...] Existem tantas maneiras de criar distância das pessoas como experiências das partes receosas da sua personalidade; por ex., ciúme, ressentimento, raiva, necessidade de agradar e sentir-se com direito a alguma coisa, sentir-se deprimido, inadequado ou impaciente. Todas elas constituem oportunidades de desafiar e curar as partes receosas da sua personalidade e cultivar as partes amorosas. Irá saber quando uma parte receosa da sua personalidade já não o controla quando se sentir novamente (ou pela primeira vez) próximo de alguém. [...] Aquilo que o leitor não quer ver em si próprio (uma parte receosa da sua personalidade), projeta-o no mundo e vê-o fora de si. E nunca gosta disso quando o vê aí. [...] O grau de repulsa que observa serve para avaliar até que ponto não quer reconhecer em si o que julga ver nos outros. [...] No início pode parecer impossível que seja, de algum modo, semelhante à pessoa que considera tão desagradável. Mas seja persistente. Por fim, acabará por encontrar em si mesmo exatamente as mesmas coisas que lhe desagradam nessa pessoa. Quando o fizer, os seus juízos de valor dissipar-se-ão. [...] Em lugar de a ver como um objeto de ódio, vê-la-á como alguém que tem partes receosas da sua personalidade semelhantes às partes receosas da sua. [...] Quer a pessoa que você afasta seja exatamente da forma que julga que ela é, quer não, há uma carga emocional dolorosa que lhe diz que está ativa uma parte receosa da sua personalidade. Se for honesto, por ex., reparar na desonestidade dos outros não criará em si uma reação emocional. Verá uma parte receosa da personalidade deles que é desonesta e agirá em consonância (não lhes dando as chaves da sua casa, por ex.). Se também for desonesto, ou não estiver disposto a reconhecer que nem sempre está em integridade, irá julgar, culpabilizar, evitar essa pessoa, dizer mal dela, etc., por ser desonesta. Ou seja, reconhecer uma parte receosa da sua personalidade na personalidade de alguém não é uma projeção. Reagir emocionalmente a isso, é.


3- ESTAR PRESENTE enquanto os outros estão a falar (não preparar respostas, julgar, etc.).


Quando a pessoa que está consigo não orienta a sua atenção, você perde poder. Estar presente com os outros não é uma competência comunicacional. Trata-se de algo necessário para entrar conscientemente na sua vida. Quando se encontra com alguém a quem não está a prestar atenção e fica a pensar numa resposta, por ex., ou no que devia estar a fazer noutro lugar, ou sente que esse indivíduo não merece a sua atenção, essa é a entrada num vazio de devaneios e preocupações. [...] Se não estiver presente com os outros, não consegue ver as oportunidades que o Universo lhe dá de encontrar as raízes da sua dor e da sua alegria. Está sentado ao lado dum poço e tem sede. A água está mesmo ali, mas não consegue vê-la. Algumas pessoas passam a vida inteira com sede. O meu tio Sioux adoptado disse-me: « Sobrinho, escuta sempre respeitosamente quando alguém estiver a falar, mesmo que aches que o que a pessoa está a dizer é um absurdo. » Ele não tinha interesse em lisonjear as pessoas. Tinha era o compromisso de criar uma vida de poder. É sempre possível abandonar uma conversa sem permitir que a sua atenção saia primeiro. Não existem interações casuais ou fortuitas. O leitor e aqueles que encontra são almas companheiras, a aprender lições de poder, responsabilidade, sabedoria, ou amor. [...] O poder existe apenas no momento presente. Saboreie cada momento, não agarrando-o, mas expandindo-o. »


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